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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Escolas de samba de Brasília se unem pela qualidade do carnaval da capital


Brasília – O trabalho em conjunto das escolas de samba do Distrito Federal em profissionalizar a área dará outro padrão de beleza e qualidade para o Carnaval de 2014, afirma o diretor da União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito (Uniesbe), Adriano Gadini. O primeiro passo deste processo é o curso A Dança do Samba, ministrado pelo professor carioca Manoel Dionísio, na quadra da Aruc.

“O curso é um divisor de águas para as escolas de samba do DF, pois oferece ensinamentos de ponta sobre o bailado da porta-bandeira e do mestre-sala. É importante que o pessoal de Brasília conheça esses segredos do carnaval”, avalia Gadini.

Adriano Gadini, diretor de Carnaval da Uniesbe
De acordo com o diretor da Uniesbe, o projeto de criação do Sambódromo de Brasília já está pronto e será entregue nos próximos dias ao governo do DF. A ideia é criar um espaço com as instalações das escolas de samba, conhecidas como "barracões", ao lado do local do desfile. No próximo ano, o desfile continuará no Plano Piloto, onde já foi realizado em 2013, no estacionamento do ginásio Nilson Nelson.

“O Carnaval só sairá de lá para o seu local definitivo. Esse formato [de barracão e passarela] já é utilizado em cidades do Espírito Santo e em Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro”, explica. Gadini adianta que a liga também prepara outros cursos para áreas vitais do carnaval, como harmonia e samba-enredo.

Roninho ao lado dos seus dois casais da Águia Imperial
Para o presidente da Águia Imperial da Ceilândia, Ranieri Freitas, o Roninho, o projeto A Dança do Samba evitará que as escolas de samba do DF precisem importar casais de mestre-sala e porta-bandeira de outros estados. “Atualmente cerca de 80% das escolas trazem seus primeiros casais de mestre-sala e porta-bandeira principalmente do Rio de Janeiro. Em Brasília, poucas escolas de samba têm seu primeiro casal de dentro da própria comunidade”, conta.

Roninho cobrou do poder público o galpão da comunidade. Atualmente, a área da escola ainda é improvisada. “Com o nosso espaço próprio temos a perspectiva de estender os atuais cursos que temos de bateria, percursão, violão e dança do ventre. Entre as nossas ideias está a de fazer oficinas de chapelaria e fantasia”, disse Roninho.

À direita, Uédson Sá
A escola de samba Mocidade do Gama participa do curso com o casal de mestre-sala e porta-bandeira Erika Silva e Marcus Vinicius. A decisão de integrar o projeto partiu do presidente da agremiação, Uédison Sá. “Essa é a oportunidade de conhecer como se faz a verdadeira dança do samba. Em Brasília falta muita coisa, o carnaval aqui ainda é atrasado em comparação com Rio de Janeiro e São Paulo, mas estamos dando os primeiros passos para a profissionalização aqui”, descreve Uédson.

Uma das caçulas do carnaval do DF, a escola Gigante da Colina, do SIA, tem quatro anos de passarela e também está representada no curso com um casal de mestre-sala e porta-bandeira. O presidente da agremiação Fabiano Duarte acredita que o curso é um “momento marcante” do carnaval da capital federal.

À esquerda, Fabiano Duarte
“O samba não tem rivalidade. É triste quando tem uma escola muito bonita e outras muito feias. Aqui, com este curso, temos um abrigo para desenvolver habilidades essenciais do carnaval”, avalia. O presidente, no entanto, cobra mais investimentos em cultura por parte do poder público. “O ser humano precisa de informação e cultura. E falta investimento justamente nessa área. A escola de samba é a rainha da cultura brasileira”, analisa.

Ao centro, Alaídes Souza
Outra agremiação presente no curso é a Aruremas, do Recanto das Emas, com um casal participando do projeto. De acordo com a presidente da escola de samba, Alaídes Souza, a iniciativa será reproduzida na comunidade. “Vamos montar uma oficina para multiplicar os conhecimentos repassados pelo curso dentro da nossa comunidade. Este projeto oferece a objetividade da dança do mestre-sala e da porta-bandeira que precisávamos e portanto, retira os vícios de quem ainda não tinha se profissionalizado em Brasília”.

“Aqui estamos dando mais um passo para construir o carnaval de Brasília”, afirma a presidente.

O curso é realizado até a próxima sexta-feira, 29, na quadra da Aruc sob a coordenação do professor carioca Manoel Dionísio. O projeto se desenvolverá em três módulos com 40 horas cada, ao todo são 36 vagas ou 18 casais.

Equipe de profissionais A Dança do Samba

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Carnaval 2014 já começa a ser preparado no DF

O curso A Dança do Samba vai trazer mais conhecimento técnico para o carnaval de Brasília, afirmou o presidente da União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito Federal (Uniesbe), Geomar Clementino Leite, o Pará. O projeto desenvolverá entre os participantes, habilidades específicas para casais de mestre-sala e porta-bandeira das agremiações da cidade.

“É um quesito que temos dificuldades em Brasília, por não termos aqui casais que tenham conhecimento técnico como o pessoal do Rio de Janeiro. Às vezes, as escolas realmente importam casais, vestimentas, para que a escola possa passar bem nesse quesito no Carnaval”, disse Pará.

Sob a coordenação do professor carioca Manoel Dionísio, o curso ensinará os segredos do movimento mais gracioso do tradicional desfile das escolas de samba brasileiras. Poderá participar do curso de formação um casal de porta-bandeira e mestre-sala de cada escola de samba de Brasília. O projeto se desenvolverá em três módulos com 40 horas cada, ao todo são 36 vagas ou 18 casais.

“O professor Dionísio forma grandes casais no Rio de Janeiro, que já passaram na maioria das grandes escolas de samba. Aqui no Distrito Federal, o curso dará início para que seja possível trabalhar profissionalmente. Ainda estamos engatinhando no sentido de espetáculo, de grandeza, mas temos a necessidade de ter em Brasília os casais de mestre-sala e porta-bandeira de cada agremiação carnavalesca”, avalia o presidente da Uniesbe.

No quesito “mestre-sala e porta-bandeira”, o julgador avalia itens como a exibição da dança do casal, considerando a harmonia do casal que, durante a sua exibição, com graça, leveza e majestade, deve apresentar uma sequência de movimentos coordenados, deixando evidenciada a integração do casal.

“A porta-bandeira é a principal pessoa da escola de samba, pois carrega o símbolo maior da instituição. Não tirando o mérito dos outros componentes da escola, mas a importância desse casal é significativemente única”, afirma.

Segundo Pará, as escolas de samba de Brasília devem começar a receber os recursos para o carnaval de 2014 ainda este ano, o que não acontecia na capital federal.

“Estamos trabalhando com as agremiações desde maio. A expectativa é muito grande de fazermos um grande carnaval em 2014, pois temos um espaço de quatro, cinco meses para trabalhar. Nunca tivemos esse tempo, sempre recebemos [a subvenção] em cima do tacho. Tenho certeza que faremos um belíssimo carnaval no Distrito Federal”, disse.